quarta-feira, 2 de novembro de 2022


A notícia não é de agora, é de dois anos atrás. Como foi parar na minha caixa de e-mail, não sei, mas foi. Guardei na minha pasta de eleições porque me interessei pelo brasilianista que entrevistaram. Tenho sempre curiosidade por quem nos estuda, gosto de saber seus motivos pela preferência. Mas lembrei da matéria a partir da informação, atual, de que Lula ganhou em praticamente todos os países em que há eleitores brasileiros, mas não nos Estados Unidos.
Afinal, um país que não está submetido aos descaminhos por onde a mídia predominante costuma nos levar, não permitiria uma riqueza maior também na informação? Pelo visto, não. Li que em seções eleitorais mais concorridas no sul dos norte-americanos havia até propaganda com megafone apregoando os velhos clichês e acusações contra o presidente agora eleito.
Informação manipuladora, de má fé, que tira os fatos de um contexto esclarecedor, para quem não tem como ou não quer se informar melhor pode ser bem pior do que não ter informação nenhuma. E isso é tristemente atual. Se você entra num caminho viciado ou oportunista está pior do que quem ignora tudo, porque esses últimos podem querer procurar, e até achar, informação honesta.
É fácil ter esse discernimento? Não, ou não haveria gente equivocada até entre quem trabalha com informação. Por outro lado, pessoas que fazem suas escolhas baseadas em fatos concretos - como foi possível para quem viveu governos passados de olhos e corações bem abertos, e não no que buzinam no seu ouvido, ou no seu zap, ou no que por algum interesse te convém acreditar - essas conseguem. A cabeça ajuda, claro, mas muitas vezes o coração ajuda mais. É ele que se deve ouvir. Solidariedade, empatia, senso de justiça contam mais pontos nessa busca do que arrogância, frustração, vaidade, egoísmo. A humanidade caminha, bem devagar, às vezes um passinho para trás, mas caminha, sim. Quando se quer aprender, aí pode caminhar até a passos largos.

Nenhum comentário: