sábado, 29 de maio de 2010

Normal


Encontrei, ao voltar para casa, um presente sem retorno e sem igual:
uma arrumação no meu computador.
600 mensagens não lidas no outlook? Não se pode ter. Mesmo que você saiba que aquelas não te interessam e por isso não lê! Anotações ao léu? Também não. Devem ser mais de 600, quem iria encontrá-las assim? Só eu, que sou, por acaso, a única pessoa que se interessa em achá-las - agora, sem título, onde teriam ido parar?
Todas as coisas estão arrumadas em gavetas e em ordem alfabética, que o técnico é pessoa graduada e capaz.
Não quero ser ingrata, mas isso não se faz.
Ganhei um armário novo, com roupas que reconheço de longe, mas não são as minhas. São do meu tamanho, posso até usá-las para trabalhar.
Me recupero bem da vida de turista, que não levava há muito tempo, já que há muito só viajo profissionalmente ou para lugares que considero como a minha casa, e vida de turista é coisa séria. Quase de cama, com uma distensão na panturrilha, sou dúvida para qualquer clássico, e não vou mais para nenhuma Copa. Tão cedo. Por hora, me conformei. Estou calma. Segunda-feira tudo sempre volta ao normal, seja lá qual for o padrão de normalidade.
Sou pessoa otimista e perseverante.
Dia desses
o mundo
me deixa
em paz.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Duendes, destino



Nome carrega destino, disse a avó de um colega meu, gaúcha do interior, quando quis saber o nome que o bisneto iria ganhar.
Destino. Passei muitos anos sem dar bola para ele. Achava tudo bobagem. Bobagem.
Hoje, a vida me obriga a acreditar. Em destino, na boa estrela, na fada madrinha, energia positiva, em Deus, bênçãos dos céus, bênçãos das mães no céu, e dos pais também, sexto sentido, no que se quiser chamar ou acreditar.
E na força vital e triunfal das roseiras e pitangueiras.
E na definitiva sabedoria do bilhete no biscoito chinês, que
foi como começou esse blog:

“Você parte, mas não parte do caminho que o destino te traçou”.

Vou ali e volto já.

Ah, em duendes ainda não, mas quem sabe...