Política
anti-imigrante de Trump não afasta eleitores brasileiros nos EUA. Para o
historiador e brasilianista James Green, apoio tem a ver com influência
das igrejas evangélicas que são ... www.acheiusa.com |
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A
notícia não é de agora, é de dois anos atrás. Como foi parar na minha
caixa de e-mail, não sei, mas foi. Guardei na minha pasta de eleições
porque me interessei pelo brasilianista que entrevistaram. Tenho sempre
curiosidade por quem nos estuda, gosto de saber seus motivos pela
preferência. Mas lembrei da matéria a partir da informação, atual, de
que Lula ganhou em praticamente todos os países em que há eleitores
brasileiros, mas não nos Estados Unidos.
Afinal,
um país que não está submetido aos descaminhos por onde a mídia
predominante costuma nos levar, não permitiria uma riqueza maior também
na informação? Pelo visto, não. Li que em seções eleitorais mais concorridas no sul
dos norte-americanos havia até propaganda com megafone apregoando os
velhos clichês e acusações contra o presidente agora eleito.
Informação
manipuladora, de má fé, que tira os fatos de um contexto esclarecedor,
para quem não tem como ou não quer se informar melhor pode ser bem pior
do que não ter informação nenhuma. E isso é tristemente atual. Se você entra num
caminho viciado ou oportunista está pior do que quem ignora tudo,
porque esses últimos podem querer procurar, e até achar, informação honesta.
É
fácil ter esse discernimento? Não, ou não haveria gente equivocada até
entre quem trabalha com informação. Por outro lado, pessoas que
fazem suas escolhas baseadas em fatos concretos - como foi possível para
quem viveu governos passados de olhos e corações bem abertos, e não no
que buzinam no seu ouvido, ou no seu zap, ou no que por algum interesse
te convém acreditar - essas conseguem. A cabeça ajuda, claro, mas muitas
vezes o coração ajuda mais. É ele que se deve ouvir. Solidariedade,
empatia, senso de justiça contam mais pontos nessa busca do que
arrogância, frustração, vaidade, egoísmo. A humanidade caminha, bem devagar, às vezes um passinho para trás, mas
caminha, sim. Quando se quer aprender, aí pode caminhar até a passos largos.