segunda-feira, 18 de maio de 2009

Só a mulher peca


Outro dia vi um filme daqueles que deixam o ar meio pesado, mesmo não se tratando de um drama. Era só a vida mesmo.
Clash by Night (Fritz Lang, 1952). O título em português? “Só a Mulher Peca”, que de tão impróprio só se explicaria com um objetivo únicamente apelativo, isso sim, um pecado.
Dependendo dos olhos e do momento, pode ser visto em várias camadas de profundidade, que os filmes eram bem mais densos que os de agora, em que a maioria é voltada para o público adolescente, sem que isso signifique preocupação com a sua formação. Mesmo assim, achei surpreendente ver contada uma história – de uma época em que os filmes não eram cabeça - que tratava de desejos que uma vida aparentemente bem resolvida não resolvia, infidelidade sem machismo, comportamento feminino desajustado, fora dos padrões e sem condenação (apenas no varejo). Nada de final surpreendente, final mais para vida real mesmo, mas o jeito de conduzir a história conta um belo ponto para o cinema americano, que aqui só era tido em alta conta por quem lotava os cinema e deixava a pretensão do lado de fora. A pretensão e os louros ficavam mesmo com o cinema francês na época da “geração Paissandu”, em que eu via todos os filmes mas entendia muito pouco – e não me divertia nada. Bom, pelo menos tínhamos a adolescência...

Um comentário:

Anônimo disse...

Xiii, do genial Fritz Lang so conheço "Metropolis", dos anos 20, que inspirou muitos outros filmes de ficçao cientifica.
Nele Lang mostra o homem em relaçao com a tecnologia moderna. Parece que ele resolveu fazer o filme depois de ter visto NY pela primeira vez, tendo ficado impressionado pelos predios e pelas luzes da cidade.
Vou procurar este outro......
obrigada!!
bj
AV