sábado, 6 de junho de 2009

Viajar


Do escritor holandês Cees Noteboom, perguntado se acredita que, hoje em dia, com a globalização, as viagens se tornam muitas vezes previsíveis, com pessoas que se parecem cada vez mais:

“Viajar, o jeito que cada um viaja, depende do indivíduo. Eu não ligo para turismo de massa. Se você realmente quer viajar, tome seu tempo, vá para um determinado lugar neste globo, vá ao ponto de ônibus, pegue qualquer ônibus – você verá que as pessoas NÃO são todas iguais, que o mundo é um lugar muito maior do que imaginou. Viajei por caminhos de peregrinação no Japão – a peregrinação de Saigoku – e nas fronteiras do Saara: são lugares que não têm muito em comum. O previsível de que fala é um conto de fadas inventado por jornalistas que não saem de casa. Tudo depende de si mesmo, e nem se trata de uma questão de dinheiro, como se pode ver pelos mochileiros que enfrentam dificuldades em viagens pela América Latina.
(em entrevista a Rachel Bertol para o caderno Prosa e Verso, do jornal O Globo, publicada em 28 de junho de 2008.)

2 comentários:

Selma Boiron disse...

Me lembrou da minha frase favorita(uma das): As 4 melhores coisas da vida: comer e viajar.

vanda viveiros de castro disse...

Risos, Selma, como dizem os internautas.
E assino embaixo.
Eu viveria muito bem na estrada, de preferência, sempre acompanhada de algum prato típico...