quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Mentiras Sinceras
O filme é ótimo. Se você não viu, pule essa parte aqui e pegue no vídeoclube: a mulher não foi muito legal com o marido, mas foi com um cara que não é tão legal na vida quanto o marido dela, mas para ela, fez muito bem e teve um gesto que o marido provavelmente não teria, e ela, que podendo até ser condenada como criminosa aos olhos da lei, provou ser muito generosa na vida, a ponto de merecer apoio e compreensão da empregada, que de certa forma foi sua vítima. O marido não tem nenhuma culpa formal na história, mas sua grandeza e correção resultavam, mesmo que involuntariamente, em individualismo, peso e cobrança, em vez de contribuir para a felicidade do casal. Ufa!
Complicado e simples. Como a vida.
Tudo isso para dizer o que todo mundo pode saber, mas nem sempre para pra pensar, porque a tendência da gente é ir sempre em frente, cuidando da vida, e esquecer da faculdade única e exclusiva do ser humano: pensar. Deveria ser compulsório, mas não é.
O bem x o mal. O bem não é assim tão bom, o mal não é de todo mal. Não é uma discussão nova, é eterna.
Julgamento e escolha são atitudes que exercemos até ao atravessar uma rua. Aprendemos a discernir desde cedo, por instinto de sobrevivência. E é coisa para trazer no inconsciente. Não seria nem necessário o poder judiciário. Mas é, e a gente deve querer que ele seja bom e firme, já que a razão da sua existência é suprir alguma falha - é ou não é? Tratemos portanto de zelar e torcer por um bom Poder Judiciário, e deixemos os julgamentos necessários por conta dele, para poder prestar atenção no que o ser humano tem de melhor: a generosidade.
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