segunda-feira, 26 de abril de 2010

A chapelaria e seu manequim


Na esquina da Praça Santos Dumont com a Rua dos Oitis, rua onde eu morei quando era criança, tinha uma chapelaria com vários manequins na vitrine, que só poderiam mesmo atrair, intrigar e assustar uma menina de cinco anos. Com o tempo, a chapelaria fechou, já que ninguém usava mais chapéus, os manequins se foram – não teriam lugar onde hoje é o Braseiro da Gávea.
Quase vinte anos mais tarde, o apartamento da minha mãe foi desalugado e precisava ser limpo para os novos inquilinos, e lá fui eu lá, sabendo que tinham saído e deixado muita coisa para trás, tinha que resolver o que fazer com o que deixaram. Quando abri a porta, dei de cara com um dos meus velhos conhecidos da chapelaria. Levei para casa e convivo com ele até hoje - não é sempre que a gente tem a surpresa de esbarrar com um pedaço inesperado da infância...

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse blog ta muito bacana e as ilustraçoes cada vez melhores. fazia tempo que nao passava por aqui e tive a impressao de entrar num oasis. vou voltar com calma para ler os atrasados. nao desista mesmo!!!
av

vanda viveiros de castro disse...

Ah, viva os amigos...pode até ter coisa melhor, não entro no mérito, mas sei que a amizade é a coisa mais abençoada do mundo.

E achei curioso porque quando resolvi não desistir, pensava em um pacote de coisas, não de uma coisa definida, e não desse blog, eis porque não desisto dele, quando a gente lança uma idéia ela já não é mais nossa, fica por conta de quem vê ou lê, muito bom isso! bjss