domingo, 4 de novembro de 2007
Anima
Li uma vez que o ser humano envelhece quando deixa de amar.
Pela alegria e energia geradas pela força do amor, ele deve ser mesmo fonte de juventude – pelo preparo físico e psicológico que ele exige, também.
Para sobreviver aos desamores, idem.
A paixão é naturalmente restritiva - tem suas razões para isso. Mas o amor é um sentimento abrangente – pode tratar de amor à vida e às coisas do mundo. Por isso eu acrescentaria curiosidade à fórmula da juventude. O dicionário explica: desejo de saber, ver, informar-se, desvendar, alcançar; interesse. Citações no verbete do Collins falam de “olhos bem abertos e cheios de curiosidade” e da “curiosidade do repórter”. Muitas vezes me decepciono vendo a maneira com que a minha profissão é exercida, mas acho que a curiosidade é a sua melhor característica, essencial e saudável. Não deixar que ela fique morna, que se venda, ou se reduza à bisbilhotice já é outro departamento, que trata de qualidade e ética. A curiosidade pode olhar para o lado sem perder qualidade, ou para trás sem ser retrógrada, se está à procura de uma nova maneira de ver as coisas. Pensando melhor, vou olhar sempre a minha profissão com bons olhos, e deixar os maus olhares para os maus profissionais.
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