quarta-feira, 5 de março de 2008

Breve história de umas longas férias ou Longa história de umas breves férias

De férias, a gente pega a estrada. Pode não ir tão longe quanto gostaria, mas vai.
Passa por jardins floridos e nostálgicos, cobertos de flores perenes,

ou flores efêmeras, exibidas e chamativas, bonitas mesmo de ver.

Perenes ou efêmeras, não importa, o que importa é que não tenham espinhos demais.

A gente segue, pega chuva, se molha – nossa, como chove em São Paulo... por que é que tem que ser assim, o que foi que São Paulo fez ?? Chuva de encharcar a alma, parece que lá os céus sempre choram tudo o que têm que chorar.

Mas se num dia chove, noutros dias... faz sol. Porque nem a meteorologia é de ferro.

O mau tempo não resiste a uma bela paisagem,


uma sombra,
uma água fresca,

uma boa companhia.


Quem é senhor do tempo, e dos tempos, quem planeja os calendários e os prazos de validade no mundo sabe tudo, deve ser tudo muito científico, caso pensado mesmo: por mais um tantinho de tempo, a gente não quer voltar, a gente quer ficar, perder o rumo de casa, do trabalho, da vida.
Mas sabe que tem que voltar, a não ser que o mundo sorria muito pra gente...


E ele bem que sorri, de muitas maneiras.
Não de todas, que não se pode ter tudo, sempre.
Sejamos justos e agradecidos.
A gente volta, e sabe que sobrevive.
Porque
existe sempre
uma luz no fim do túnel:

a perspectiva


de novas férias.
E porque deve sempre acreditar na nossa boa estrela.

2 comentários:

Anônimo disse...

pelo jeito de contar, as ferias fizeram mesmo seu efeito, e isto é sempre um prazer.....ate' poesia deu!! E que belas fotos!!Sera' que tem Sao Paulo nelas? Se tiver nem parece.....Coitada da minha cidade...a gente esta acostumado a ver so' imagens feias dela. O problema maior talvez seja mesmo o clima, nao é suportavel, convenhamos, com todo o amor, carinhno e ate' uma forma de orgulho que tenho por ela.
bj
Assimina

vanda viveiros de castro disse...

Assi querida, com a quantidade de problemas que a gente tem que encarar todo dia, nada de desperdiçar prazeres, portanto, férias para que te quero! com o perdão do trocadilho.
Lulu acabou me desviando do forró nordestino que estava nos meus planos. As tapiocas ficaram para a próxima - acho que uma grega paulista de alma carioca (não negue!) pode compreender essas preferências. Mas nada fez falta, só pela companhia dela, não podia querer mais, as férias foram relaxantes e divertidas, sim.
E tem São Paulo sim, na foto de calçada à la Copacabana e palmeirinhas encharcadas - a foto atenua o temporal, que foi pesado. Mesmo sob chuva, numa passadinha rápida, sua cidade tem muita coisa boa, mas é dura, "estrangeiros" estranham um pouco. Espero ter sua companhia lá numa próxima vez, aí vai ser mais alegre. Bjs!