quinta-feira, 27 de março de 2008
Metafísicas
“Sou pequena ou sou grande?
Será que sou pequena?
ou será que sou grande?
Anão é pequena
Gigante é grande.
e eu?
Luiza, aos 8 anos, escreveu esse poema lindinho e revelador – tanto de talento quando de questionamentos que se apresentaram muito cedo.
Os meus, se não vieram tão cedo, me atormentam até tarde. Forte ou fraca?
Ai, a hora em que a crença não convence, a teoria não bate, a realidade não ajuda, a revisão não satisfaz, a vontade não sabe se quer, o chão não é mais tão seguro, e se é seguro a gente inventa um campo minado, e parece que enquanto viver vai viver eternamente – como se eterna fosse - às voltas com o dilema do ovo e da galinha.
Quem tem dúvidas nem sempre é indeciso, às vezes é inconformado mesmo, exigente. E não adianta só querer ser menos, que a gente não engana a si mesma. Menos, a gente tinha que ter escolhido lá atrás... agora, a gente quer mais. Eu? Quero ser cada vez mais leve. E questionar menos. Me ressentir menos. E sentir mais.
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